quarta-feira, 9 de abril de 2008
Por vezes, quando penso no meu passado, apenas uma palavra me vem à mente: sorte! As felizes lembranças que guardo sempre comigo, debaixo da minha almofada dos sonhos, e que me fazem dormir melhor todas as noites. A meu lado estarão sempre aqueles amigos que tantos sorrisos me deram, tantos momentos únicos me proporcionaram, tanta coisa me ensinaram sem darem por isso.
No meu coração, estão lá todos dentro de uma casinha a jogar às cartas e a conversar, à espera que eu apareça por lá para lhes fazer companhia. E um dia eu irei novamente ter com eles. Não neste momento, que ando ocupado demais com o meu presente. Mas um dia, voltarei a ser a criança do sorriso fácil, das mãos cheias de vento, das canelas doridas das quedas de bicicleta, dos joelhos ensanguentados dos jogos de futebol, da pele descascada das imensas idas à praia. E nesse dia, voltarei à casinha para os levar a todos a voar por esses momentos mágicos que fizeram de mim o que sou hoje.
Não sei o que serei amanhã. Mas ontem sei o que fui. E do que fui e do que fiz, não me arrependo de uma linha sequer. Cada segundo que passei com as pessoas que adoro está cravado na minha alma. Orgulho-me de saber que o meu passado é a mais linda melodia. E sempre que estou tristonho, o pessoal lá da casinha canta baixinho essa melodia para que eu seja o único a ouvir e para que nunca me esqueça de todas as aventuras que juntos passámos.
Fábio Nobre 07\04\08
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