domingo, 14 de fevereiro de 2010

Memórias...


Aprendi a amanhecer em ti, a ser orvalho nos teus lábios. Aprendi a fazer sentido nos teus gestos e a aninhar-me no teu corpo. Senti-me imortal no teu olhar, infinito nos teus braços. Amei-te como se te amar fosse a minha missão na terra. Tive asas nos teus beijos, fui livre nas nossas noites de amor.


Mas o sentir atordoa, o amor enlouquece e o desejo queima. Quis-te demais e não soube como te consumir. Fomos cidade após terramoto. Beleza e silêncio trágicos. Ardemos sem saber arder. O verdadeiro sentimento não dura. Se durasse não seria real. Explodimos juntos. Agora somos somente memórias...



Fábio Nobre 30/012010