sexta-feira, 4 de julho de 2008
Histórias...
As histórias que somos. As que desejamos ser um dia. As que sabemos que nunca seremos. Os passos que damos rumo ao que pensamos ser o melhor. As nossas expectativas mais íntimas, os nossos medos mais profundos, os segredos que apenas as lágrimas conseguem compreender. A vontade de entregarmos o coração a alguém que nos entenda e nos ame pelo que somos. O receio de ter que dormir todas as noites na solidão de uma cama fria. O nó na garganta que nos impede de chorar quando aprendemos a ser uma ilha. Sem amarmos, sem sermos amados.
O amor é talvez um precipício. Todos caímos nele mas nem todos nos levantamos. Tudo se resume a esse sentimento. As palavras que não saem, os fins de tarde passados sem sorrir, as mãos que cobrem uma face sem esperança. O tempo que passa e o que fica. O que passa na nossa vida e o que fica na nossa alma. As saudades, os remorsos, os enganos…
Histórias apenas…Que se entrelaçam, que se amachucam, que colidem, destroem mas que não vivem sozinhas. Histórias que não acabam, que teimam em não começar, que não se percebem, que doem cá dentro, que nos tornam imortais, que nos matam todos os dias um bocadito. No fim, são histórias. A minha, a tua, a dela, a nossa. A vida não é um conto de fadas. As histórias não acabam sempre bem. Não ficamos sempre com a princesa, não construímos sempre o nosso castelo. Não vivemos sempre felizes para sempre…
O meu desejo é humilde. Apenas o de amar e ser amado. O de acordar sempre com beijos apaixonados. O de fazer amor na praia uma e outra vez. O de ver na mulher que amo a própria extensão do meu ser. O de ter ajuda para escrever a minha história…
Fábio Nobre
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