quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Quando estás...
Sou teu porque não sou de ninguém. Porque de mão dada somos um só, almas siamesas do tamanho do tempo que temos pela frente. Amo-te de forma natural e da forma mais exagerada que é possível amar. Como se o amanhã se perdesse num buraco negro e tudo cessasse de ser, assim eu te amo. Amo-te em cada segundo com a intensidade dos anos que virão. Amo-te já com as rugas que terei daqui a cinquenta anos e com as dores ciáticas que me assolarão. Amo-te já com os cabelos brancos e com a bengala que um dia usarei. Amo-te já com o coração fraco de tanto bombear, com os músculos atrofiados, com o sangue menos quente. Amo-te já a minha vida toda para que não percamos mais tempo com palavras. Sou teu em tudo o que em ti existe e em tudo o que em mim existiu. Sou teu porque já não sei ser de outra forma, porque é em ti que reside o meu nascer do sol.
Fábio Nobre 17\01\09
sábado, 3 de janeiro de 2009
O amor...
Duas mãos entrelaçadas
Num beijo que teima em não morrer…
Ou então um dia eterno à sua maneira,
Uma forma de sermos imortais
Se não recearmos o anoitecer…
Um coração à noite tem sempre frio
E é sempre mais amargurado
Porque sabe que o seu dia já fugiu…
Fábio Nobre 14\04\08